A harpia (Harpia harpyja), também chamada de gavião-real, é uma das maiores e mais poderosas águias do mundo e um dos predadores mais imponentes das florestas tropicais das Américas.

Com uma envergadura que pode ultrapassar dois metros e com uma das maiores garras da natureza, ela simboliza a força e o equilíbrio dos ecossistemas onde habita.
A harpia nidifica nas maiores árvores da floresta, como jequitibás e castanheiras, e tem importante papel ecológico, controlando as populações de espécies de mamíferos arborícolas, principalmente de macacos e preguiças.

No entanto, sua existência está ameaçada, especialmente na Mata Atlântica, onde o desmatamento provocou uma extensa perda e a fragmentação de habitat e tornou a espécie criticamente ameaçada de extinção.
Além disso, a caça e a perseguição à espécie agravam ainda mais sua situação, reduzindo o número de indivíduos reprodutivos e comprometendo o crescimento populacional, o que intensifica o risco de extinção.
Seu ciclo reprodutivo lento, com apenas um filhote a cada dois ou três anos, torna a recomposição populacional difícil e aumenta a vulnerabilidade da espécie às ameaças.
O PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DO GAVIÃO REAL / PROJETO HARPIA

O “Programa de Conservação do Gavião-real” foi criado em 1997 pela pesquisadora Tânia Sanaiotti, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), e posteriormente rebatizado carinhosamente de “Projeto Harpia”.
A descoberta de um ninho de harpia próximo a Manaus, na Amazônia, motivou a criação de uma iniciativa dedicada a estudar e proteger a espécie.
Ao longo de 28 anos, o projeto expandiu-se pelo Brasil, monitorando harpias e outras grandes águias florestais, como o uiraçu (Morphnus guianensis) e o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus).
Fotos: Dante Meller
O NASCIMENTO DO PROJETO HARPIA MATA ATLÂNTICA

Como um novo braço do Projeto Harpia, em 2017, foi criado o “Projeto Harpia Mata Atlântica”, sob a coordenação do professor Aureo Banhos, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
O objetivo é reforçar a conservação da harpia no bioma mais ameaçado do país, onde a espécie enfrenta grandes desafios para sobreviver.

ATUAÇÃO E TECNOLOGIA A SERVIÇO DA CONSERVAÇÃO

A equipe do Projeto Harpia Mata Atlântica mapeou os únicos ninhos de harpia conhecidos atualmente em todo o bioma, alcançando 10 ninhos monitorados, localizados nas florestas de tabuleiro do no sul da Bahia e norte do Espírito Santo.
Tecnologias como drones, câmeras de monitoramento em tempo real, telemetria e análises moleculares fornecem dados essenciais sobre o comportamento, ecologia e genética da espécie.
Por meio do projeto, alunos de graduação e pós-graduação estão sendo capacitados e geram conhecimentos científicos aplicados para a conservação da biodiversidade.

INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIA E CIÊNCIA CIDADÃ
Além disso, o projeto valoriza o conhecimento das comunidades locais, promovendo a ciência cidadã como ferramenta de engajamento.
Fotos: ThassianeTargino e Paulo Quadros
Iniciativas educativas têm incentivado moradores a se tornarem defensores da biodiversidade, contribuindo para o levantamento de dados e proteção dos ninhos.
RESULTADOS E DESCOBERTAS RELEVANTES

O projeto, em um grande esforço para expandir suas ações na Mata Atlântica, colaborou com os registros de harpias realizado por importantes parceiros locais em áreas onde eram consideradas extintas, como o Parque Estadual do Turvo, no Rio Grande do Sul, e nas matas do rio Jequitinhonha, em Minas Gerais, e no Maciço do Urucum, no Mato Grosso do Sul.
UM COMPROMISSO COM O FUTURO
A conservação da harpia na Mata Atlântica é essencial, pois, como um dos últimos grandes predadores do topo da cadeia alimentar, ela representa um símbolo da rica biodiversidade desse bioma.

Além de seu valor simbólico, a harpia é considerada uma espécie bandeira, servindo como embaixadora para os esforços de conservação, despertando o interesse e o apoio público para a proteção de seu habitat.
Como uma espécie guarda-chuva, sua preservação também garante a manutenção de várias outras espécies que compartilham o mesmo ecossistema, contribuindo para a integridade dos ambientes florestais.
A conservação das águias florestais mais imponentes do mundo fortalece os esforços para que novas áreas sejam protegidas, assegurando um futuro mais sustentável para a biodiversidade da Mata Atlântica.
O Projeto Harpia Mata Atlântica está comprometido com essa missão, convidando todos a apoiarem essa causa vital.
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O Projeto Harpia Mata Atlântica agradece todo o suporte de nossos parceiros e apoiadores!
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CONTATOS
Email: projetoharpiama@gmail.com
DiskHarpia: 27 99671-7416
Site: www.projetoharpia.org



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