Projeto Harpia Mata Atlântica Embarca na Primeira Expedição do Subprojeto “EM BUSCA DAS ÁGUIAS FLORESTAIS DA BACIA DO RIO DOCE”
- Projeto Harpia
- 10 de abr.
- 3 min de leitura
A primeira expedição do projeto "Em Busca das Águias Florestais da Bacia do Rio Doce" marcou o início de uma jornada crucial para a conservação das grandes águias florestais na região.

Durante 13 dias, pesquisadores do Projeto Harpia Mata Atlântica estiveram no Parque Estadual do Rio Doce (PERD), em Minas Gerais, realizando buscas ativas e aplicando metodologias avançadas para identificar e monitorar as espécies-alvo.
Primeiros Passos da Expedição
A equipe, liderada pelo pesquisador Paulo Quadros de Menezes, contou com o apoio dos graduandos Henrique Mariano e Marcelio Vieira da Cunha, além do auxiliar de campo Varonil Marques. As atividades foram iniciadas no dia 13 de outubro de 2024, com a chegada ao PERD e a organização do material para as buscas.

Nos dias seguintes, as metodologias de levantamento de dados foram intensificadas, incluindo a utilização de drones para sobrevoos autônomos e manuais, gravações sonoras para análises posteriores e sessões de playback para estimular respostas das espécies-alvo, como a harpia (Harpia harpyja), o uiraçu (Morphnus guianensis), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), entre outros.

Algumas das atividades desempenhadas pela equipe foram destaques da expedição.
Monitoramento de ninhos
Nas atividades do projeto, está o monitoramento de um ninho de gavião-de-penacho, que assim como a Harpia, é uma águia florestal deslumbrante.
E deste monitoramento vieram boas notícias: a equipe confirmou que o ninho está ativo e conseguiu registrar a fêmea adulta e um filhote!
O nascimento de mais um gavião-de-penacho na Mata Atlântica é sempre muito bem vindo, já que a espécie está ameaçada de extinção no bioma, reforçando ainda mais a importância do parque como um sítio reprodutivo da espécie.


Sobrevoos com drone
Durante toda a campanha, os drones cobriram extensas áreas do PERD, permitindo uma visão detalhada da cobertura florestal e possíveis locais de nidificação.
Equipe em campo realizando sobrevoo de drone. | Fotógrafo: Paulo Quadros, Varonil Marques.

Essa é uma nova técnica que tem aumentado drasticamente a localização de novos ninhos, à distância, com o surgimento dos drones com câmeras com super zoom, permitindo fazer esse monitoramento de maiores altitudes, sem provocar impacto negativo nos animais.
Metodologia de playback
Ao mesmo tempo, foram realizadas sessões em diferentes pontos do parque, seguindo protocolos rigorosos, de forma responsável e ética, para maximizar as chances de observação e identificação das aves de rapina, sem causar estresse nas aves.

Participação em evento científico
A equipe do Projeto Harpia Mata Atlântica também participou do IV Workshop de Pesquisas Integradas do PERD, apresentando os objetivos do projeto e trocando conhecimentos com pesquisadores de diversas instituições.



Desafios e Próximos Passos
Apesar das chuvas intensas em alguns dias, que dificultaram a execução das metodologias, a expedição foi um marco inicial de grande sucesso.
Os dados coletados agora serão analisados para aprimorar as estratégias de conservação na Bacia do Rio Doce.

As próximas expedições terão como foco aprofundar as investigações, buscar novos ninhos e fortalecer o envolvimento das comunidades locais na ciência cidadã, garantindo que as espécies de águias florestais continuem a habitar a Mata Atlântica.
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