Foto: João Marcos Rosa
O Projeto
O Projeto Harpia
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Com o nome de "Programa de Conservação do Gavião-real" (PCGR), o projeto vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) surgiu em 1997, após a descoberta de um ninho de gavião-real (Harpia harpyja) numa floresta próxima a região de Manaus.
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No ano de 1999 foram estabelecidas algumas metas para ampliar a identificação, mapeamento e monitoramento de ninhos. O objetivo era estudar a biologia dessa espécie na Amazônia Brasileira com a participação de voluntários dispostos a enfrentar o desafio de conservar esta ave de rapina.
Hoje, o projeto conta com o apoio de pesquisadores parceiros, voluntários, estudantes e bolsistas para a realização da coleta de dados, projetos de educação ambiental e divulgação de informações no entorno de ninhos. Além disso, diversos ninhos de gavião-real, são monitorados na Amazônia e Mata Atlântica.
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“Conectar é a palavra-chave para a conservação da harpia. Conexão de florestas, de pessoas e de conhecimento” Helena Aguiar
Contamos com o apoio das comunidades do entorno das regiões monitoradas, para o sucesso na localização de novos ninhos, na coleta de dados, vestígios de presas e monitorando os filhotes até serem capazes de voar para longe da área onde nasceram.
As pesquisas utilizando a telemetria convencional e satélite foram iniciadas em 2004 e 2007, respectivamente, favorecendo o conhecimento sobre deslocamento local e regional da especie.
Os estudos genéticos, iniciados em 2005 ampliaram para o Brasil, as coletas de dados para as diversas regiões de ocorrência histórica e atual da espécie.
A convivência pacífica entre as comunidades e os animais da floresta é possível, assim que são apresentadas fontes alternativas de subsistência que visam a valorização do patrimônio natural da região.
Foto: João Marcos Rosa
O mapeamento de ninhos na Amazônia trouxe surpresas. Inúmeras vezes, ao chegar na base de uma árvore com ninho, identificou-se que não se tratava de um ninho de gavião-real, mas de um uiraçu-falso (Morphnus guianensis) ou de um gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), sendo que os registros dessas espécies na natureza, são tão raros quantos os do gavião-real. A partir daí, o programa também adotou essas águias de grande porte, e o monitoramento de ninhos dessas espécies é realizado até hoje.
Com os 20 anos do "Programa de Conservação do Gavião-real", mudamos o nome para "Projeto Harpia" e ganhamos uma nova logo.